segunda-feira, junho 20, 2011


Ando me perguntando quando vou encontrar a menina de voz sonolenta e riso gostoso... Quando vou poder ter ela de verdade comigo, quando vou poder segurar suas mãos entre as minhas.
Incrivelmente todas as noites ela me esquenta com seu corpo aconchegado no meu e pela manhã me desperta com um beijo e um bom dia arrastado, sonolento... E mesmo estando tão distante, posso sentir ela comigo, como se estivesse aqui, como se fosse parte importante de mim – e é -. Será que ela também sente?

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Não gosto de você, mas porque você tem mania de segurar minhas duas mãos juntas, num bolinho que você faz, quando me abraça por trás, antes de pegar no sono. Às vezes tenho saudade de você. Você é o que me resta de vontade de ter alguém. É como se por um segundo eu experimentasse. E se fosse sempre assim, sempre esse bolinho de mãos.
Tati Bernardi 

segunda-feira, janeiro 31, 2011

Summer love

Perguntaram onde ficou o frenesi que eu sentia todas as vezes que me falavam sobre você e eu respondi com toda calma: - Sinceramente? Perdeu-se com o tempo, junto com todas as lembranças e noites mal dormidas. E depois de dito isso eles olharam-me com olhos de quem desconfia, sabiam que minhas palavras não passavam de mentiras mal contadas, lancei meu melhor sorriso para eles e segui meu caminho.

Passei por aquelas ruas que antes corríamos de mãos dadas e os mesmo senhores que ficavam sentados olhando nossa paixão semi descoberta cochichavam entre si, um deles me parou e perguntou-me onde você estava. Respondi-lhe que não sabia que há muito tempo aquela menina que corria comigo não era a mesma. Então os outros senhores pararam de cochichar, eu tinha certeza que suas mentes borbulhavam por quês intermináveis, mas eu ignorei.

Cheguei a meu destino e sentei-me sobre a grama recém aparada, o vento frio anunciava que logo choveria e fiquei imaginando se você estaria bem, se havia encontrado a real felicidade que tanto almejava... Eu não encontrei. Ou encontrei e perdi ou me perdi pra encontrar e não encontrei. Que seja hoje não importa mais.

Estou passando por um processo lento, doloroso... Uma cicatrização do amor, da alma, do eu que perdi estando com você. Estigmatizei todos os pensamentos que envolvessem você, todas as lembranças e até mesmo você. E mesmo assim você continua aqui – não exatamente você, mas aquela menina que descobriu comigo o que era paixão -, sentada ao meu lado, atirando pedras no lago e contando suas fantasias e eu continuo vindo aqui, todos os dias, todas as tardes... Para rir com você e viver, nem que por poucas horas.

- Camila M.

domingo, janeiro 30, 2011


Você se cansa de amores incompletos, de amores platônicos, de falta de amor, de excesso disso e daquilo. Se cansa do "apesar de". Se cansa do rabo entre as pernas, da sensação de estar sendo prejudicado, se cansa do "a vida é assim mesmo". Você se cansa de esperar, de rezar, de aguardar, de ter esperanças, cansa do frio na barriga, cansa da falta de sono.
Você se cansa da hipocrisia, da falsidade, da ameaça constante, se cansa da estupidez, da apatia, da angústia, da insatisfação, da injustiça, do frenezi, da busca impossível e infinita de algo que não sabe o que é. Se cansa da sensação de não poder parar.

- Pc Siqueira.


quinta-feira, janeiro 13, 2011

Um dia aprenderemos a não amar mais, para não ter que sofrermos. É e é quando esse dia chega que nos tornamos pessoas frias, e os que vêem de fora nos olham e pensam: Como pode ser tão fria e tão sem amor? Mal sabem elas que amamos demais e o ser amado nada fez se não acabar com nosso coração. Sim, e seremos tristes para os olhos de fora, e seremos vazios com nós mesmos, mas continuaremos fingindo que não existe amor, mesmo sabendo que ele ainda respira dentro de nós. Até que um dia o amor vai cansar e aos poucos vai morrendo dentro de nós. Mesmo assim, não morrerá completamente. E quando ele estiver muito fraco, nós estaremos descansando dentro de um caixão.

Esse pequeno texto foi retirado de uma conversa que tive com Dilane, então devo parte dele a ela.

Please, not again ...


E torna a acontecer mais uma vez... Parece que minha vida é um filme que sempre se repete, com uma pequena diferença... Sempre tem uma pessoa diferente protagonizando comigo. Infelizmente essa coisa que chamamos de “amor” não existe pra mim, as pessoas chegam, se instalam e meses depois olham pra mim e dizem: “Sinto muito, mas agora eu preciso partir seu coração e ir embora...” E todas elas vão e deixam meu coração partido em mil pedaços e eu como sempre peço uma ajuda ao tempo e ele tão bondoso sempre me ajuda a achar os milhares pedaços e colar... Aí só me resta esperar que venha mais um e o quebre novamente ou que me ajude a restaurá-lo.

Essas pessoas que chegam se instalam e depois vão embora são pessoas como eu, que já tiveram seus corações partidos e tentam procurar em outros os pedaços que não conseguiram encontrar do seu e nessa vã tentativa percebem que aquele coração não tem nenhum pedaço do seu e assim, vão embora... Fazendo com que esse tal coração quebre e fique como o seu, despedaçado. É como o efeito dominó...

Chega a ser engraçado, o mesmo filme, protagonistas diferentes e eu não posso fazer nada pra reescrever o filme, por que ele não pode ser mudado, foi escrito assim e vai ser assim, pra sempre, até meu coração cansar de amar errado e fingir que não ama mais.

Camila M.